Green Paradise

Thursday, December 14, 2006

Os meus interesses

Já tinha dito que amo ler… por isso acho mais do que natural também ter uma pequena (grande) obsessão por BD. Ora bem, tudo começou quando (num dia de Sol e calor primaveril… acho eu), eu estava a passear com a minha irmã e a minha mãe por Guimarães, quando vimos (num quiosque muito escondida) uma solitária BD com o título X-Men. A princípio eu não liguei (como muitas crianças vi o cartoon em pequena, mas quase me esquecera de como gostava disso), pensei que fosse só “deitar dinheiro fora”, mas a minha irmã pedinchou tanto à minha mãe que tivemos essa revista de presente (ás vezes penso que a Sandra adivinha o futuro). Foi o início da minha colecção... depois dessa apenas nos concentramos nas editadas pela Devir, mas depressa percebemos que não íamos longe só com as escassas (e atrasadas) edições mensais. Lá juntamos os trocos e todos os meses comprávamos na feira do entulho (todos os primeiros sábados de cada mês) as edições brasileiras mais antigas. Achamos que não podíamos evoluir mais nisso quando (nessa mesma feira) demos de caras com edições francesas dessas histórias. Bem, como na altura já éramos viciadas (depois de vermos o filme, ido buscar tudo e mais alguma coisa à net, e procurado as velhas cassetes com os episódios) tivemos de comprar, mais tarde começamos a ir ao Porto, e foi no Mundo Fantasma que encontrei versões, não só muito mais recentes, mas em Inglês. Estas revistas ajudaram-me muito (agora parece que estou a converter alguém), graças a elas evolui no francês, no Inlgês, e no Português (Ah pois éééééé, aprendi figuras de estilo e tudo).

Foi também quando comecei a ir ao Porto que comecei um novo vício. Antes achava que a BD japonesa era apenas cómica (na opinião do meu pai é pornográfica), mas quando comecei foi exactamente a mesma coisa que com o comic… não consegui parar, os japoneses valorizam muito mais a imagem e a qualidade de desenho, por isso tive de começar a coleccioná-la (o que eu mais gosto é dos históricos, alguns Shojo=rapariga e muitos Shounen=rapaz). Desde aí mudei muitos estereótipos que tinha tanto do Japão, como da sua cultura. Agora já não caio na asneira de dizer Chinês quando falo de Japonês, fiquei a saber que Tokyo tem uma torre como a de Paris, também conheço melhor a geografia do Japão e as suas modas.

Embora o comic/cartoon americano tenha mas adeptos, é o (ou “a”… depois de tanto tempo ainda não sei se é masculino ao feminino) manga/anime japonês que junta mais fans em meetings e outros eventos (pelo menos que eu veja). Foi assim que encontrei quase todos os amigos que tenho, em fóruns e meets. Quem estiver a ler isto pode achar que sou muito isolada e posta de parte por ter uns gostos tão diferentes, mas não. Na verdade nem quero saber se me acham esquisita ou não, somos os pioneiros aqui em Portugal (tal como os portugueses nos descobrimentos), e cada vez mais!!! Ninguém pode dizer que não gosta sem ter lido pelo menos um de cada tipo (shojo, shoumen, hentai, yaoi, yuri… acreditem, há para todos os gostos) … o ideal seria um de cada autor mas não se pode pedir tudo…

Só mais uma coisa… o ministério da cultura tem de apoiar os eventos em relação ao tema acima referido… são todos um monte de preconceituosos, conservadores e agarrados ao dinheiro, comecem a fazer alguma coisa de jeito e dêem oportunidade aos portugueses de aprender alguma coisa que não consumismo, egoísmo e George Bush…

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